Temos observado um aumento das reflexões acerca do brincar e sua importância para uma infância mais plena. Nesse sentido, a indústria dos brinquedos tem se preocupado em criar cada vez mais objetos que possam colaborar com o desenvolvimento das crianças.
Embora tenham boas intenções, sabemos que para construirmos um planeta mais consciente, precisamos repensar nossos hábitos de consumo, e isso se estende à criação dos nossos filhos.
Brinquedos com funções específicas podem ser muito atraentes, mas frequentemente são descartados rapidamente pelas crianças, pois seu potencial criativo é limitado e as respostas previsíveis acabam ficando desinteressantes com o passar do tempo. É aí que entram os brinquedos não estruturados e suas infinitas possibilidades de criação.
Brinquedos não estruturados são materiais variados (blocos de madeira, elementos da natureza, cones, rolos, objetos de uso cotidiano, caixas, entre outros) que através das intervenções das crianças, podem se transformar numa infinidade de brincadeiras. São aqueles que permitem que a criança exercite sua imaginação e inteligência, favorecendo os estímulos cognitivos e potencializando a exploração e o surgimento de novas habilidades.
Esses materiais são excelentes para que as crianças comecem a pensar “Fora da Caixa”, e exercitem todos os seus recursos internos, afim de ampliar suas percepções do mundo que as cerca e de si mesmas, proporcionando vivências significativas. Além disso, quando a brincadeira favorece liberdade criativa, a autonomia da criança é colocada em evidência, proporcionando segurança e motivação.
Os materiais não estruturados possuem vários benefícios: eles são facilmente encontrados em casa, na natureza ou no supermercado mais próximo; possuem baixo custo em relação aos brinquedos convencionais; não limitam faixa etária, contemplando todas idades; são muito versáteis e facilmente ganham novos significados; são ótimas ferramentas de conexão e interação entre as crianças e seus pais.
Quando uma criança brinca de forma livre com esses materiais, muitas possibilidades surgem, não existe certo e errado, não existem conceitos pré-determinados que os impedem de criar. Dessa forma o cérebro faz novas conexões nervosas e o aprendizado vai sendo consolidado de forma prazerosa e inovadora. Pneus podem se transformar em naves espaciais, rolos de papel higiênico em foguetes, escorredores de macarrão em chapéus, tecidos coloridos em castelos. Nesse universo tudo é permitido e, então, a mágica da brincadeira acontece. O faz de conta se torna real e a imaginação vira a grande protagonista deste espetáculo, assim como deve ser.
Por Aline Bertolli
Amei Parabens a todos que contribuiram por essa material e ensinamento que foi colocado, as dicas e propostas que acalçaram os objetivos e principalmente o foco que são os nossos bebes e crianças. Parabens as professoras e gestoras... aprendi muito e sei que será de grande serventia para eu oferecer para os meus bebes também. Muito obrigada por compartilharem essas ideias maravilhosas.