Mordida: esse é certamente um dos maiores temores de mães com filhos em berçários ou escolas de Educação Infantil. Claro, ninguém gosta de ver aqueles sinais doloridos na pele de seu filho. Mas, como qualquer um corre esse risco, é importante entender seu significado.
Antes de tudo, considere que para a criança a mordida não é uma “arma”, como seria para um adulto. É, antes, uma forma de expressão. Desde que o bebê nasce, é pela boca que ele percebe o mundo. Não apenas pelo ato de sucção e das mamadas, mas pelo choro, pelo riso, pelo balbuciar.
À medida que cresce, e com o surgimento dos dentes, esse processo continua e morder também passa a ser uma forma de interagir com o mundo, de perceber a consistência de um objeto e também de provocar reações. Os adultos também fazem isso ao dar mordidas carinhosas nas crianças.
Portanto, para compreender as mordidas, é necessário levar em conta o contexto em que ocorrem. Geralmente, estão associadas ao sentimento de contrariedade, de frustração, de ansiedade, de raiva, de ciúmes, de busca de atenção. Praticamente, toda criança entre um e três anos lançará mão desse recurso... Seja qual for à causa, é importante não taxar a criança de mordedora, porque isso vai gerar a expectativa de que ela volte a morder, o que pode realmente resultar em mais mordidas. O melhor é tratar o fato com tranquilidade, e mostrar à criança que o que ela faz provoca dor, machuca. E, além disso, ensinar que existem outras formas de expressar seus sentimentos.
Baseado no texto “Mordidas: agressividade ou aprendizagem?”, de Ana Maria Mello e Telma Vitória
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